Na terça-feira, a Ucrânia realizou uma ousada operação que resultou no assassinato de um dos generais mais graduados da Rússia, Igor Kirillov, de 54 anos, no coração de Moscou. O ataque ocorreu apenas um dia após a Ucrânia acusar o general de crimes de guerra relacionados ao uso de armas químicas proibidas no campo de batalha.

Kirillov, chefe das forças de proteção nuclear, biológica e química da Rússia, foi morto junto com um assessor ao sair de um prédio residencial. Um explosivo escondido em uma scooter foi detonado no momento em que os dois passavam. A explosão, equivalente a dois quilos de TNT, foi tão poderosa que quebrou janelas até o terceiro andar do edifício e em prédios do outro lado da rua, de acordo com o The New York Times.

O ataque marca a morte do mais alto oficial russo em território russo desde o início da invasão da Ucrânia, há quase três anos.

Kirillov era procurado pela Ucrânia por seu papel no uso do armamento químico proibido cloropicrina contra tropas ucranianas. Ele havia sido sancionado pelos Estados Unidos e Reino Unido devido ao uso dessas substâncias.

“Kirillov era um criminoso de guerra e um alvo absolutamente legítimo, pois deu ordens para o uso de substâncias químicas proibidas contra os militares ucranianos,” declarou um oficial ucraniano à CNN. “Um fim inglório como esse espera por todos aqueles que matam ucranianos. A retribuição por crimes de guerra é inevitável.”

Relatórios indicam que houve quase 5.000 incidentes registrados de uso de armas químicas ilegais pelas tropas russas sob as ordens de Kirillov.