NOTÍCIAS

Hezbollah Intimida Jornalistas E Interrompe Cobertura Do IDF No Líbano

Nov 27, 2024
thefarol.com
Noam Galai/Getty Images

Em outubro, jornalistas de grandes veículos internacionais acompanharam o Exército de Defesa de Israel (IDF) em visitas guiadas ao sul do Líbano, com o objetivo de expor a infraestrutura terrorista do Hezbollah. No entanto, ameaças legais do grupo levaram esses profissionais a interromperem a cobertura, e nenhum deles retornou até o momento.

O Contexto das Visitas

Os tours organizados pelo IDF ocorreram em 30 de setembro, 11 e 13 de outubro, oferecendo aos jornalistas uma visão direta de túneis, arsenais e outros recursos utilizados pelo Hezbollah em suas operações. Entre os meios de comunicação que participaram estavam BBC, CNN, Fox News, Associated Press, New York Times, Washington Post, Wall Street Journal e Reuters.

No dia 12 de outubro, a repórter da BBC Lucy Williamson publicou uma matéria intitulada "Dentro da Zona de Combate de Israel no Sul do Líbano". Dois dias depois, o Hezbollah condenou o relatório, acusando a emissora de violar a soberania libanesa e pedindo ações legais contra a BBC e sua equipe.

O Hezbollah, em um comunicado oficial, afirmou que a presença de jornalistas acompanhando o IDF violava as leis libanesas. “A BBC demonstrou um viés evidente em favor dos criminosos sionistas, justificando a barbárie contra os povos palestino e libanês. Além disso, enviou uma equipe de jornalistas para entrar em uma vila do sul acompanhados pelo exército ocupante, violando o território libanês e suas leis”, declarou o grupo.

A intimidação se estendeu a todos os veículos que participaram das visitas. Após as ameaças, nenhum grande meio de comunicação aceitou novos convites para acompanhar o IDF no Líbano, embora muitos estejam solicitando acesso para cobrir operações em Gaza.

No próprio dia 14 de outubro, sete funcionários da BBC árabe suspenderam suas atividades em protesto contra a participação de seus colegas nos tours. Entre os nomes citados estão Sanaa al-Khoury, Mohammad Hamdar e Marie-Josee Azzi. Eles exigiram um pedido de desculpas ou medidas disciplinares, mas a BBC não emitiu nenhum posicionamento oficial.

Além disso, o Secretariado de Mídia da Conferência Popular Libanesa pediu que o governo do Líbano suspendesse as operações da BBC no país, acusando a emissora de colaborar com as forças israelenses e violar a soberania nacional. Outros veículos, como a Reuters, reagiram com cautela. Um porta-voz da agência afirmou: “Estamos comprometidos em cobrir o conflito entre Israel e Líbano de maneira independente, imparcial e confiável”.

A ausência de jornalistas tem frustrado autoridades israelenses, que buscam mostrar como o Hezbollah utiliza áreas civis para lançar ataques contra Israel desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023. Desde então, o grupo terrorista tem disparado foguetes quase diariamente contra alvos israelenses.

Reportado por Kassy Akiva no DailyWire.

MELHORES ARTIGOS

Artigos Mais Importantes Do Momento