No último sábado, o Papa Francisco participou de uma exposição de presépios no Vaticano, onde o menino Jesus foi representado como um palestino.
Realizada no Salão Paulo VI, a mostra foi criada por artistas palestinos e apresentou o bebê Jesus envolto em uma Keffiyeh, tradicional lenço palestino. Durante o evento, o porta-voz da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Ramzi Khouri, transmitiu "calorosas saudações" do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e elogiou o papa, expressando "profunda gratidão pelo apoio inabalável à causa palestina e pelos esforços incansáveis para pôr fim à guerra em Gaza e promover a justiça."
Francisco já expressou críticas à resposta de Israel ao massacre de 7 de outubro de 2023, realizado pelo Hamas, que deixou mais de 1.200 mortos em Israel. Ele classificou tais ações como imorais ao afirmar: “Um país que faz essas coisas — e estou falando de qualquer país — de forma superlativa, são ações imorais.”
O pontífice também pediu uma investigação sobre as ações de Israel em Gaza para determinar se poderiam ser classificadas como “genocídio.” No primeiro aniversário do massacre, Francisco publicou uma carta aos católicos do Oriente Médio, citando João 8:44. A escolha do verso, que por séculos foi usada para justificar hostilidades contra os judeus, foi apontada como controversa pela Tablet Magazine.
A exposição reacendeu debates sobre a tentativa de reescrever a história da Terra de Israel por parte de palestinos e seus apoiadores, especialmente a reivindicação de que Jesus era palestino. Essa narrativa, no entanto, é amplamente contestada.
Conforme destacado por historiadores, na época de Jesus, a região era conhecida como Judeia, e não Palestina. A designação "Palestina" foi introduzida pelos romanos no século II, após revoltas judaicas, como forma de desassociar a identidade judaica da região. Jesus, nascido de pais judeus, viveu, praticou e morreu como judeu.
Ainda assim, líderes como Mahmoud Abbas já chamaram Jesus de “mensageiro palestino,” enquanto figuras como a deputada americana Ilhan Omar compartilharam declarações reforçando essa visão. Peter Wehner, em sua análise histórica, refutou tais alegações, explicando que Jesus não era cristão nem palestino, mas sim judeu.
Reportado por Hank Berrien no DailyWire.