O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao segundo trimestre do mesmo ano, considerando a série com ajuste sazonal. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado, que totalizou R$ 3,0 trilhões, reflete o desempenho positivo nos setores de Serviços e Indústria, enquanto a Agropecuária apresentou queda. Do total do PIB, R$ 2,6 trilhões correspondem ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 414 bilhões são atribuídos a Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Pela ótica da produção, os Serviços avançaram 0,9%, liderados por setores como Informação e Comunicação (2,1%), Outras Atividades de Serviços (1,7%), Atividades Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados (1,5%) e Atividades Imobiliárias (1,0%). O Comércio e Transporte, Armazenagem e Correio cresceram 0,8% e 0,6%, respectivamente.
A Indústria registrou expansão de 0,6%, com destaque para o crescimento de 1,3% nas Indústrias de Transformação. Em contrapartida, houve retrações em Construção (-1,7%), Eletricidade e Gás, Água e Gestão de Resíduos (-1,4%) e Indústrias Extrativas (-0,3%).
A Agropecuária teve queda de 0,9% no trimestre, mantendo a tendência de desaceleração observada em períodos anteriores.
Pela ótica da despesa, o Consumo das Famílias registrou aumento significativo de 1,5%, influenciado pela recuperação da renda e do mercado de trabalho. O Consumo do Governo também teve crescimento de 0,8%, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos) subiu 2,1%.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços recuaram 0,6%, enquanto as Importações de Bens e Serviços apresentaram alta de 1,0%, demonstrando maior demanda por produtos internacionais.
Em comparação com o terceiro trimestre de 2023, o PIB brasileiro avançou 4,0%. Os Serviços cresceram 4,1%, e a Indústria registrou alta de 3,6%, enquanto a Agropecuária caiu 0,8%.
A taxa de investimento no terceiro trimestre foi de 17,6% do PIB, superior aos 16,4% registrados no mesmo período de 2023. No entanto, a taxa de poupança caiu para 14,9%, abaixo dos 15,4% registrados no ano anterior.
Reportado por Lucas Cheiddi na Revista Oeste.