Nas horas seguintes à queda do regime do presidente sírio Bashar al-Assad no último fim de semana, o Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) anunciou que suas forças realizaram ataques aéreos de precisão contra campos e operativos do Estado Islâmico (ISIS) na região central da Síria neste domingo.
De acordo com comunicado oficial, os ataques foram direcionados a líderes, operativos e campos do ISIS como parte de uma missão contínua para "desarticular, degradar e derrotar o grupo terrorista". O objetivo é evitar que o ISIS conduza operações externas e impeça sua reconstituição na região. "A operação atingiu mais de 75 alvos utilizando diversas aeronaves da Força Aérea dos EUA, incluindo B-52s, F-15s e A-10s", afirmou o CENTCOM.
A organização também destacou que as avaliações de danos ainda estão em andamento, mas não há indícios de vítimas civis até o momento. "Continuaremos a realizar operações para degradar as capacidades operacionais do ISIS, mesmo durante este período dinâmico na Síria, em parceria com nossos aliados e parceiros na região", completou o comunicado.
O general Michael Erik Kurilla foi enfático: "Não há dúvidas — não permitiremos que o ISIS se reconstitua e aproveite a situação atual na Síria. Todas as organizações na Síria devem saber que serão responsabilizadas caso apoiem ou colaborem com o ISIS de qualquer forma."
A queda do regime de Assad marcou um ponto crítico na guerra civil síria, com forças rebeldes tomando Damasco em uma rápida ofensiva. Assad e sua família fugiram para a Rússia, onde receberam asilo político, segundo informações divulgadas pela mídia estatal russa.
O presidente Joe Biden anunciou publicamente os ataques de precisão conduzidos contra alvos do ISIS na Síria e reiterou o compromisso dos EUA em ajudar a "garantir a estabilidade" na região. "Estamos plenamente cientes de que o ISIS tentará aproveitar qualquer vazio para reconstruir suas capacidades e criar um refúgio seguro", disse Biden. "Não permitiremos que isso aconteça."
Enquanto isso, o presidente eleito Donald Trump, que assumirá seu segundo mandato em pouco mais de cinco semanas, declarou em publicação no X (antigo Twitter) que a Síria é um "caos" e que os Estados Unidos não deveriam se envolver. "NÃO SE ENVOLVAM!", escreveu Trump, destacando sua visão de que o conflito não é de interesse estratégico para os EUA.
Reportado por Daniel Chaitin no DailyWire.