O ditador sírio Bashar Al-Assad foi deposto após mais de duas décadas no poder, com os rebeldes terroristas assumindo o controle da capital Damasco. O grupo Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), uma organização terrorista designada internacionalmente e originada de uma antiga ramificação da Al-Qaeda na Síria, liderou uma ofensiva que culminou na queda de Assad.
Segundo oficiais militares ouvidos pela Reuters, Assad teria fugido de Damasco para um "destino desconhecido". Um avião que poderia estar transportando o ex-líder foi rastreado enquanto se dirigia à costa da Síria, mas mudou sua rota e desapareceu do radar. Informações ainda indicam que Assad fez pedidos de ajuda aos Estados Unidos, buscando um acordo que lhe permitisse permanecer no poder ou garantir uma passagem segura para o exílio.
Os rebeldes do HTS avançaram rapidamente pelo país em pouco mais de uma semana, capturando cidades importantes como Aleppo no norte, Hama, Homs, e finalmente Damasco. Horas antes da queda da capital, os insurgentes tomaram a Prisão Militar de Saydnaya, ao norte de Damasco, um local simbólico para o regime de Assad.
Em comunicado no Telegram, o Comando de Operações Militares dos rebeldes declarou:
"Declaramos a cidade de Damasco livre do tirano Bashar al-Assad. ... Aos deslocados em todo o mundo, uma Síria livre os aguarda."
Fontes da Bloomberg revelaram que Assad tentou fazer "aproximações diplomáticas indiretas" com os Estados Unidos e com o presidente eleito Donald Trump. Essas negociações buscavam uma forma de Assad manter-se no poder ou sair do país em segurança.
Entretanto, no sábado, Trump emitiu um comunicado afirmando que os Estados Unidos não devem intervir na situação.
"A Síria está um caos, mas não é nossa amiga, e OS ESTADOS UNIDOS NÃO DEVEM SE ENVOLVER! ISSO NÃO É NOSSA LUTA. DEIXEM QUE SE RESOLVA. NÃO SE ENVOLVAM!", escreveu Trump.
O presidente eleito também destacou que a incapacidade da Rússia de intervir, devido às suas perdas significativas na Ucrânia, abriu caminho para o avanço dos rebeldes. "A Rússia, devido à guerra na Ucrânia, onde perdeu mais de 600.000 soldados, parece incapaz de deter esta marcha literal através da Síria, um país que protege há anos", afirmou Trump. Ele também mencionou que a inação do ex-presidente Obama ao não honrar sua "linha vermelha na areia" contribuiu para o caos atual.
Reportado por Frank Camp no DailyWire.