Autoridades dos Estados Unidos informaram as autoridades ucranianas sobre o possível uso de um míssil experimental de alcance intermediário pela Rússia antes do ataque ocorrido nesta quinta-feira, com o objetivo de preparar o país para a investida, segundo confirmou um oficial norte-americano à Fox News Digital.

O presidente russo, Vladimir Putin, confirmou o ataque em um pronunciamento à nação, afirmando que foi uma resposta direta à decisão dos EUA e do Reino Unido de autorizar o uso de mísseis de longo alcance fornecidos pelo Ocidente para ataques em território russo.

O ataque, que teve como alvo a cidade ucraniana de Dnipro, foi inicialmente relatado como um ataque com um míssil balístico intercontinental (ICBM), o que teria sido inédito em tempos de guerra e causou pânico global. No entanto, Putin e fontes norte-americanas confirmaram que o míssil usado não foi um ICBM, mas sim um novo modelo denominado "Oreshnik," considerado uma ameaça significativa para os sistemas de defesa ocidentais.
Putin afirmou que o míssil atinge velocidades de MACH 10, cerca de 4 km por segundo, tornando os sistemas de defesa aérea existentes ineficazes contra ele. "Os sistemas de defesa aérea e antimísseis atualmente desenvolvidos pelos americanos na Europa não interceptam esses mísseis," declarou Putin.

Autoridades dos EUA, no entanto, expressaram ceticismo em relação às alegações de Putin, sugerindo que ele pode estar exagerando as capacidades da Rússia como uma forma de intimidar o Ocidente e a Ucrânia. "Acreditamos que a Rússia possui apenas um número limitado desses mísseis experimentais," afirmou um oficial americano. "Embora levemos essas ameaças a sério, isso não muda significativamente a dinâmica do conflito."
Após a autorização do presidente Joe Biden para que a Ucrânia utilizasse os sistemas de mísseis táticos de longo alcance (ATACMS) fornecidos pelos EUA, as forças ucranianas realizaram ataques a um arsenal militar na região russa de Bryansk, localizada a mais de 110 km da fronteira com a Ucrânia.

Embora sejam os militares ucranianos que operem os mísseis, eles dependem de satélites americanos para direcionar os ataques, um ponto mencionado por Putin em seu discurso. O presidente russo afirmou que a utilização do Oreshnik foi uma resposta às "ações agressivas dos países da OTAN contra a Rússia."
Putin alegou que o alvo do ataque era a "indústria de defesa," embora imagens divulgadas pelo Ministério da Defesa da Ucrânia mostrem danos significativos a infraestruturas civis. Ainda não está claro se houve vítimas fatais no ataque.

A Casa Branca confirmou que a Rússia havia informado os EUA sobre o ataque iminente, mas não especificou qual cidade seria o alvo. Autoridades americanas garantiram o compromisso contínuo em ajudar a Ucrânia a fortalecer seus sistemas de defesa aérea, destacando o fornecimento de centenas de mísseis adicionais Patriot e de Médio Alcance.

Reportado por Caitlin MacFall na Fox News.