O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta terça-feira, 19, uma recompensa de US$ 5 milhões para palestinos que ajudarem a libertar reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza. A proposta foi feita durante uma visita ao Corredor Netzarim, uma área que divide o norte de Gaza da Cidade de Gaza e que tem sido palco de combates intensos há mais de um ano, no esforço israelense para desmantelar o Hamas.
“Para aqueles que querem sair deste emaranhado, eu digo: quem trouxer um refém terá uma saída segura para si e para sua família,” declarou Netanyahu ao lado do ministro da Defesa, Israel Katz, conforme reportado pela agência de notícias israelense TPS. “Também pagaremos US$ 5 milhões por cada refém. A escolha é de vocês, mas o resultado será o mesmo.”
O líder israelense reafirmou o compromisso de libertar todos os reféns. “Nós vamos trazê-los todos de volta,” disse ele.
Atualmente, estima-se que 101 reféns ainda estejam sob controle do Hamas, entre os 251 sequestrados durante os ataques de 7 de outubro de 2023, incluindo sete americanos. Pelo menos 33 reféns, dos quais três são americanos, foram mortos, e seus corpos permanecem retidos pelo Hamas como peças de barganha.
Ruby Chen, pai do refém americano Itay Chen, sequestrado enquanto servia nas Forças de Defesa de Israel (IDF), expressou ceticismo em relação à eficácia da proposta de Netanyahu. “Acredito que essa iniciativa seja uma cortina de fumaça, algo tático, mas não estratégico,” afirmou.
Chen argumentou que o primeiro-ministro deveria detalhar o que Israel está disposto a oferecer para libertar todos os reféns, em vez de negociar apenas para liberar um número limitado durante um cessar-fogo.
Netanyahu reforçou que o Hamas não terá mais poder na Faixa de Gaza. “O Hamas não governará em Gaza,” declarou. “Estamos eliminando suas capacidades militares de forma impressionante. Estamos avançando contra sua administração, e ainda não terminamos.”
Durante a visita, o premiê se reuniu com o chefe do Estado-Maior das IDF, general Herzi Halevi, e com comandantes de brigadas de reserva na costa de Gaza para discutir os desafios operacionais em curso. Apesar de avaliações das IDF em setembro indicarem que o Hamas havia sido amplamente derrotado, Netanyahu reconheceu que os remanescentes do grupo continuam utilizando táticas de guerrilha, que demandarão tempo para serem desmanteladas.
As negociações de paz entre Israel e Hamas estão em um impasse devido a divergências sobre corredores de segurança em Gaza. Os Estados Unidos, representando Israel, trabalharam com Catar e Egito para mediar as conversas. No entanto, o Catar anunciou recentemente que não participará mais dos esforços de mediação devido à falta de disposição de ambas as partes em negociar de boa fé.
A guerra, que já dura meses, resultou na morte de aproximadamente 43.000 pessoas em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. Esses números incluem mulheres e crianças, mas não detalham as mortes de combatentes terroristas.
Reportado por Caitlin McFall na Fox News.
