O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu na última segunda-feira (20) uma ordem executiva concedendo perdão completo a cerca de 1.500 réus condenados por crimes relacionados à invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. A medida, descrita por Trump como um passo em direção à reconciliação nacional, também inclui comutações de pena para 14 outros indivíduos, cujos casos ainda estão sendo revisados.
Durante a assinatura do decreto no Salão Oval, Trump declarou: “Estes são os reféns de 6 de janeiro. Estamos concedendo aproximadamente 1.500 perdões completos. Além disso, há 14 casos nos quais estamos comutando as sentenças enquanto realizamos pesquisas adicionais.” A ordem especifica que as comutações reduzem as penas desses indivíduos para o tempo já cumprido, com liberação esperada para o dia 20 de janeiro de 2025.
Entre os nomes que tiveram suas sentenças comutadas estão figuras notáveis como Stewart Rhodes, fundador do grupo Oath Keepers, e Enrique Tarrio, ex-líder dos Proud Boys, que estava cumprindo uma sentença de 22 anos por conspiração sediciosa, apesar de não estar em Washington, D.C., no dia dos eventos.
Trump expressou esperança de que os réus sejam liberados rapidamente. “Esperamos que eles sejam soltos ainda hoje à noite, sinceramente,” afirmou. De fato, Enrique Tarrio já está em processo de liberação do Centro de Correções Federais de Pollock, na Louisiana.
A mãe de Tarrio, Zuny Tarrio, celebrou a notícia em uma publicação na plataforma X: “Senhor, obrigada!!! Tarrio está livre!!!”
A proclamação classifica a medida como uma reparação para o que Trump chamou de "uma grave injustiça nacional perpetrada contra o povo americano nos últimos quatro anos." Citando sua autoridade constitucional, Trump declarou que os perdões são totais, completos e incondicionais para todos os outros condenados por crimes relacionados aos eventos do Capitólio.
A decisão foi bem recebida por apoiadores de Trump e familiares dos réus, mas gerou críticas de adversários políticos e defensores do cumprimento das sentenças, que argumentam que os envolvidos na invasão do Capitólio devem ser responsabilizados por suas ações.