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Israel Denuncia Uso De Instalações Da ONU Pelo Hamas Para Confinar Reféns Em Gaza

Jan 23, 2025
thefarol.com
Reprodução/israelinbrazil/Instagram

Durante os ataques do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, as reféns Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher foram sequestradas e mantidas em cativeiro em Gaza. Após serem libertas no dia 19 de janeiro, como parte de um acordo de cessar-fogo, as mulheres relataram que foram mantidas em instalações administradas pela agência da ONU de assistência a refugiados palestinos, a UNRWA, destinadas originalmente a civis.

As reféns relataram à mídia israelense que o grupo terrorista utilizou abrigos da UNRWA como locais de confinamento. As autoridades israelenses reagiram com indignação, acusando a ONU de omissão. "As ex-reféns foram mantidas em instalações das Nações Unidas em Gaza, que deveriam ser usadas para civis", afirmou o governo de Israel em publicação no Twitter/X.

A emissora israelense Channel 13 também destacou que o Hamas se aproveitou de instalações da ONU, ciente de que as Forças de Defesa de Israel (FDI) evitam atacar áreas destinadas a civis. Essa estratégia é vista como parte da tática do Hamas de usar civis como escudo humano.

Acusações sobre o uso indevido de instalações da UNRWA por parte do Hamas não são novidade. Desde 2014, Israel denuncia que escolas e abrigos da agência em Gaza são usados para armazenamento de armas e construção de túneis. Após os ataques de outubro de 2023, essas acusações foram intensificadas, com alegações de que indivíduos ligados à UNRWA colaboraram com o Hamas em ataques contra Israel.

Apesar das acusações, a ONU ainda não tomou medidas punitivas contra o Hamas ou revisou a gestão da UNRWA em Gaza. A agência, que tem como missão fornecer assistência humanitária, enfrenta críticas sobre sua imparcialidade e sua capacidade de garantir que suas instalações sejam usadas exclusivamente para fins civis.

Após a libertação das reféns, o Ministério da Saúde de Israel implementou protocolos específicos para atendimento às sobreviventes. Esse atendimento incluiu exames médicos completos, avaliações psiquiátricas e testes adicionais, como os de gravidez, para monitorar o impacto físico e emocional do cativeiro.

Reportado por Lucas Cheiddi na Revista Oeste.

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