Quase um ano após sua primeira repercussão nas redes sociais, um vídeo polêmico da primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, voltou a circular nas plataformas digitais. Na gravação, que foi publicada originalmente em 8 de março de 2024, Janja comete um deslize ao sugerir que o feminino de faraó seria “faraona”.

No vídeo, Janja menciona que chegou a enviar uma mensagem privada à ministra da Cultura, Margareth Menezes, pedindo que a artista alterasse a letra da música "Faraó", um de seus grandes sucessos, para incluir a palavra “faraona”. O momento gerou críticas e risadas nas redes sociais, especialmente pela falta de embasamento linguístico na sugestão da primeira-dama.

A repercussão não é um caso isolado. Janja já esteve no centro de discussões sobre o uso da língua portuguesa em outras ocasiões. Em setembro de 2024, durante um evento em Nova York, ela se referiu ao plural de cidadão como “cidadões”, um erro semelhante ao já cometido por seu marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em novembro de 2023, outra situação chamou atenção. Durante uma entrevista à CNN, Janja pronunciou palavras como “inrresponsável” e “ploblemas”, o que gerou uma enxurrada de comentários irônicos nas redes sociais.

O termo “faraona”, usado por Janja, não tem base histórica ou linguística como feminino de faraó. Historicamente, o título de faraó era exclusivo para homens no antigo Egito. Mesmo figuras femininas proeminentes como Hatshepsut, que assumiram o poder, eram referidas como faraó e não possuíam uma designação feminina. Curiosamente, o termo "faraona" existe, mas se refere a um prato típico da culinária italiana, feito com linguiça e farofa, o que aumentou as críticas e piadas em torno do uso da palavra.

Reportado pela Redação Oeste na Revista Oeste.