O Tribunal de Contas da União (TCU) deu início a uma investigação na última quinta-feira, 21, após uma denúncia anônima que aponta a existência de 30 funcionários fantasmas na Embratur nos últimos seis meses. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.
A agência, presidida pelo ex-deputado federal Marcelo Freixo e subordinada ao ministro do Turismo, Celso Sabino, já demitiu cinco pessoas desde que as denúncias vieram à tona. A área técnica do TCU considerou os elementos apresentados suficientes para justificar uma apuração detalhada. O caso foi sorteado para o ministro Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR), conhecido por sua relação próxima com Sabino.
Durante as investigações preliminares, servidores da Embratur enfrentaram dificuldades para explicar as funções dos supostos funcionários fantasmas. Alguns preferiram não comentar o assunto. A Embratur informou que ainda não foi oficialmente notificada pelo TCU, mas já iniciou uma apuração interna para analisar o desempenho de seus colaboradores, especialmente os que estão em regime de teletrabalho.
A denúncia também foi encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF), que realiza uma análise preliminar. Entre os demitidos estão duas funcionárias associadas ao ministro Celso Sabino. Um nome que ganhou destaque é o de Marcelo Cebolão, apontado como um dos supostos funcionários fantasmas. Ele continua recebendo um salário de R$ 38,3 mil, mesmo sendo citado na denúncia.
Cebolão alegou atuar como tesoureiro adjunto de maneira voluntária e em regime remoto. Por outro lado, a Embratur justificou as demissões com base em mau desempenho e ressaltou que alguns dos funcionários mencionados estão em teletrabalho ou cedidos ao Ministério do Turismo.
Reportado pela Redação Oeste na Revista Oeste.