Após 477 dias de cativeiro, Naama Levy, uma das quatro soldadas israelenses resgatadas do Hamas no último sábado (24), se pronunciou pela primeira vez desde sua libertação.

"Finalmente estou em casa," escreveu Levy em seu perfil no Instagram. "Estou segura, protegida, cercada pela minha família e amigos, e me sentindo melhor a cada dia."

No post, ela expressou profunda gratidão aos soldados israelenses e ao povo de Israel, ressaltando que acompanhou os esforços incansáveis por sua libertação.

"Vi como lutaram por nós. Obrigada a todos. Eu amo vocês."

Levy foi sequestrada em 7 de outubro de 2023, durante o ataque brutal do Hamas a Israel, junto com as companheiras Liri Albag, Daniella Gilboa, Karina Ariev e Agam Berger. Todas, exceto Berger, foram soltas como parte do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

A ex-refém revelou que passou os primeiros 50 dias do cativeiro completamente sozinha. Posteriormente, foi reunida com as demais militares sequestradas em sua base, e juntas se apoiaram diariamente até o momento da libertação.

"Estamos esperando por Agami e pelo restante dos reféns para completar nosso processo de recuperação."

A expectativa é que Berger seja libertada na quinta-feira (29), ao lado de Arbel Yehoud e um terceiro refém do sexo masculino, cujo nome não foi divulgado.

Um vídeo do dia do sequestro de Levy viralizou nas redes sociais. Nas imagens, ela aparece sendo retirada à força de um Jeep por um homem armado, vestindo uma camisa preta e uma calça cinza ensanguentada. Com cortes nos tornozelos, ela tem dificuldades para caminhar, evidenciando a violência sofrida durante o ataque.

A gravação tornou-se um símbolo da dor das vítimas e reféns do ataque surpresa do Hamas.

Em novembro de 2023, a mãe da soldada, Ayelet Levy Shachar, publicou um ensaio no portal The Free Press, onde expressou sua preocupação com a imagem da filha circulando mundialmente.

"Rezo para que, quando ela for libertada, essa imagem e tudo o que ela representa não seja a forma como ela passe a enxergar o mundo."

Após a libertação de Levy, Albag, Gilboa e Ariev, o Fórum de Famílias dos Reféns e Desaparecidos divulgou um comunicado destacando que a volta delas representa "um momento de luz na escuridão, um sopro de esperança e um triunfo do espírito humano".

Entretanto, a organização enfatizou a urgência de resgatar os 90 reféns que ainda permanecem em Gaza.

Mais de 15 meses após o início da guerra entre Israel e Hamas, centenas de famílias ainda aguardam notícias de seus entes queridos sequestrados durante os ataques de 7 de outubro de 2023.

Reportado por Rachel Wolf na Fox News.