As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que 90 israelenses permanecem como reféns do grupo Hamas na Faixa de Gaza. O anúncio foi feito neste sábado, 25, pelo porta-voz das FDI, Daniel Hagari, após a libertação de quatro soldados israelenses mantidos em cativeiro desde outubro de 2023.

“Hoje recebemos de volta mais quatro reféns israelenses, após 477 dias sob o domínio do Hamas”, declarou Hagari em pronunciamento transmitido pela televisão israelense. Ele enfatizou que a condição dos 90 reféns restantes continua alarmante, com relatos de condições brutais no cativeiro.

O governo israelense reforçou o compromisso de libertar os reféns restantes. Em publicação na página oficial de Israel no Twitter/X, foi destacado: “Noventa dos nossos entes queridos ainda estão mantidos reféns em Gaza. Não descansaremos até que todos sejam reunidos com suas famílias.”

As quatro militares libertadas, Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag, têm entre 19 e 20 anos. Elas foram capturadas durante um ataque do Hamas em Gaza, em outubro de 2023. Após a libertação, elas foram entregues às suas famílias e submetidas a exames médicos para avaliar sua saúde.

Hagari acusou o Hamas de violar o acordo de cessar-fogo ao não priorizar a liberação de civis israelenses, conforme estipulado no acordo. Esse cessar-fogo, estabelecido na semana anterior, prevê uma série de etapas para aliviar o conflito. A primeira etapa inclui a libertação de reféns por ambas as partes, com o Hamas comprometendo-se a liberar 33 reféns israelenses, vivos ou mortos, priorizando mulheres, crianças e idosos.

Durante esta fase, corredores humanitários foram estabelecidos, incluindo o corredor da Filadélfia, entre Gaza e Egito, permitindo que pessoas em condições críticas recebam tratamento no Egito e facilitando a entrada de ajuda humanitária no território palestino.

A segunda etapa do acordo está programada para começar em 3 de fevereiro e inclui a libertação de mais reféns e prisioneiros. O Ministério da Justiça de Israel anunciou que até 1.904 detidos poderão ser libertados, incluindo 737 presos por diferentes crimes e 1.167 palestinos detidos durante a ofensiva terrestre israelense na Faixa de Gaza.