Após 477 dias de cativeiro em Gaza, quatro mulheres israelenses sequestradas pelo Hamas foram finalmente libertadas e reencontraram suas famílias neste sábado, 25. A libertação ocorreu como parte de um acordo que também prevê a soltura de outros reféns nas próximas fases.
As jovens soldadas Karina Ariev (20 anos), Daniella Gilboa (20 anos), Naama Levy (20 anos) e Liri Albag (19 anos) descreveram o sofrimento enfrentado em cativeiro. Segundo relatos à mídia israelense, elas foram mantidas tanto em residências civis quanto em túneis do Hamas, frequentemente submetidas a escuridão total por longos períodos.
As condições de higiene eram precárias, com banhos negados e episódios de fome severa. Além disso, as reféns eram proibidas de se abraçar ou chorar, e algumas foram forçadas a realizar trabalhos domésticos, como cozinhar e limpar, para seus captores.
As mulheres relataram que aprenderam algumas palavras em árabe para tentar se comunicar e souberam das manifestações que pediam sua libertação através de notícias que conseguiram acessar.
Pouco antes de serem soltas, as reféns foram obrigadas pelo Hamas a se apresentarem em um palco, vestindo uniformes falsos das Forças de Defesa de Israel (FDI) e carregando “sacolas de presente”. O episódio foi descrito como mais uma tentativa de humilhação por parte do grupo terrorista.
Imagens e vídeos compartilhados pelas FDI mostraram o momento em que as reféns se reuniram com suas famílias. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressou sua emoção: “Minha esposa e eu, junto com todo o povo de Israel, abraçamos Liri e suas companheiras que emergiram para uma grande luz.”
Netanyahu ainda reforçou o compromisso de libertar os demais reféns: “Estamos trabalhando incansavelmente para trazer todos de volta.”