POLÍTICA

Gleisi E Lindbergh São Corrigidos No Twitter/X Após Críticas Ao Banco Central

Jan 30, 2025
thefarol.com
Marcos Oliveira/Wikimedia Commons

Os deputados federais Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ) foram corrigidos por usuários do Twitter/X após criticarem o Banco Central pelo aumento da Selic, de 12,25% para 13,25% ao ano, decidido na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na quarta-feira, 29.

As publicações dos congressistas receberam "Notas da Comunidade", um recurso da plataforma que permite aos usuários adicionar contexto e corrigir informações imprecisas.

Gleisi Hoffmann afirmou que o "novo aumento da taxa básica de juros" teria sido "determinado desde dezembro pela direção anterior do Banco Central", ou seja, ainda sob a gestão de Roberto Campos Neto. A deputada também argumentou que o atual presidente do BC, Gabriel Galípolo, indicado por Lula, "não tinha muitas alternativas" além de seguir a decisão prévia.

Entretanto, usuários do Twitter/X desmentiram a declaração, destacando que a Selic é definida a cada reunião do Copom, levando em conta o cenário econômico vigente, e não de forma automática.

"A taxa de juros não é determinada previamente. Mesmo que o Banco Central tenha indicado uma direção na reunião anterior (forward guidance), os membros do Copom se reúnem e votam a decisão com base na situação econômica do momento", explicou a Nota da Comunidade.

Assim como Gleisi, Lindbergh Farias também teve uma publicação corrigida por divulgar informações consideradas falsas. O parlamentar classificou o aumento da Selic como um "desastre", acusando o mercado financeiro de promover "terrorismo econômico" e culpando a gestão anterior do BC por supostamente ter "contratado" dois aumentos consecutivos de 1 ponto percentual.

Usuários da plataforma rebateram a afirmação, explicando que as taxas de juros não são predeterminadas em dezembro, mas definidas a cada 45 dias pelo Copom. Além disso, a Nota da Comunidade enfatizou que a decisão de elevar a Selic foi unânime, incluindo votos de diretores indicados pelo atual governo.

Reportado por Loriane Comeri na Revista Oeste.

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