O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expressou publicamente sua gratidão ao presidente Donald Trump nesta quinta-feira (30) pela nova ordem executiva assinada para intensificar o combate ao antissemitismo nos Estados Unidos.
A nova diretriz assinada por Trump reforça e amplia a Ordem Executiva 13899, implementada em dezembro de 2019, que buscava garantir que as leis de direitos civis protegessem os judeus norte-americanos da mesma forma que outros cidadãos.
O documento determina que todas as agências do governo revisem, dentro de 60 dias, as medidas disponíveis para combater crimes de ódio e discriminação contra judeus. A ordem executiva também exige que o Departamento de Justiça tome medidas imediatas para coibir atos de vandalismo e intimidação promovidos por grupos pró-Hamas em universidades e investigações rigorosas sobre casos de racismo antijudaico em instituições acadêmicas de viés esquerdista.
“Os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023 contra Israel desencadearam uma onda sem precedentes de discriminação, vandalismo e violência contra cidadãos judeus, especialmente em escolas e universidades”, destaca o documento.
O texto também prevê a expulsão de imigrantes ilegais envolvidos em atos criminosos relacionados ao antissemitismo.
Em resposta à ação do presidente americano, Netanyahu publicou uma mensagem de agradecimento na rede social X (antigo Twitter):
“Em nome de Israel e do povo judeu, agradeço ao presidente @realDonaldTrump por sua ordem executiva para combater o antissemitismo e o apoio ao terrorismo nos campi universitários dos EUA. Obrigado, @POTUS, por defender a verdade e a justiça.”
Desde o massacre promovido pelo Hamas em 7 de outubro, que resultou na morte de mais de 1.200 israelenses, diversas universidades norte-americanas registraram um aumento significativo em ataques antissemitas.
Um estudo da Tablet Magazine, publicado em fevereiro de 2024, identificou que as universidades com maior incidência de hostilidade antijudaica incluem Boston University, Columbia University, New York University, UCLA, University of Pennsylvania, University of Michigan e University of Wisconsin – Madison.
Além disso, um relatório da Liga Antidifamação (ADL) apontou um aumento de 477% nos incidentes antissemitas em campi universitários entre junho de 2023 e maio de 2024. O levantamento contabilizou mais de 2.000 casos de agressão, vandalismo, assédio, protestos e tentativas de desinvestimento contra Israel, o maior número já registrado pela organização.