O americano-israelense Keith Siegel, de 65 anos, será libertado neste sábado (3) como parte do acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Ele é o primeiro cidadão americano sequestrado no ataque de 7 de outubro de 2023 a ser liberado pela organização.

Além de Siegel, o Hamas informou que também libertará o franco-israelense Ofer Calderon e Yarden Bibas, pai dos dois reféns mais jovens do conflito, Kfir e Ariel Bibas.

Seis meses após seu sequestro, em abril de 2024, Siegel apareceu em um vídeo de reféns divulgado pelo Hamas. Na gravação, ele afirmava:

"É muito importante para mim que vocês saibam que estou bem."

No entanto, sua esposa, Aviva Siegel, com quem está casado há mais de 40 anos, disse em entrevista à Fox News Digital que ele não parecia o mesmo:

"Estou muito preocupada com ele, porque já se passaram muitos dias e minutos desde aquele vídeo que recebemos. Não sei em que condições Keith retornará."

Keith e Aviva foram sequestrados durante o ataque brutal do Hamas em 7 de outubro de 2023. No entanto, em novembro do mesmo ano, Aviva foi libertada como parte de um acordo inicial de cessar-fogo e troca de reféns. Desde então, ela tem feito campanha pela soltura de seu marido.

"Meu sonho é ver Keith novamente, seus netos correndo para abraçá-lo. Todos choraremos juntos, mas seremos as pessoas mais felizes da Terra." – disse Aviva.

Atualmente, sete cidadãos americanos ainda permanecem como reféns em Gaza. Destes, dois são considerados vivos e quatro estão mortos, com seus corpos ainda em posse do Hamas.

A divulgação de vídeos de reféns, como o de Siegel, faz parte da guerra psicológica do Hamas. O grupo já publicou gravações com os americanos Edan Alexander e Hersh Goldberg-Polin.

• Alexander ainda está vivo.
• Goldberg-Polin foi assassinado pelo Hamas durante uma tentativa de resgate das Forças de Defesa de Israel (IDF) nos túneis subterrâneos de Rafah, em Gaza.

Reféns libertados relataram as condições desumanas em que foram mantidos em Gaza. Segundo depoimentos:

• Falta de comida e água;
• Cativeiro subterrâneo, com pouca ou nenhuma luz solar;
• Severas restrições físicas e psicológicas.

No primeiro estágio do acordo atual, o Hamas deve libertar 33 reféns ao longo de seis semanas. Até o momento, 10 já foram soltos, incluindo cinco soldados femininas das IDF, sequestradas em uma base de observação no sul de Israel.

Entre elas, Agam Berger, que foi libertada separadamente das outras quatro militares.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expressou indignação com a maneira caótica como o Hamas entregou os reféns à Cruz Vermelha. Ele adiou temporariamente a liberação de prisioneiros palestinos e exigiu garantias de que os próximos reféns seriam entregues em segurança.