Um vídeo viral mostrando enfermeiras australianas ameaçando matar pacientes judeus e israelenses gerou forte reação de autoridades israelenses, que pedem uma investigação imediata e punições severas. O caso veio à tona após um vídeo postado nas redes sociais por Max Veifer, no qual duas profissionais de enfermagem de Sydney afirmaram que fariam mal a pacientes israelenses e sugeriram que já haviam cometido atos semelhantes no passado.
A deputada israelense Sharren Haskel condenou as declarações e pediu que as enfermeiras sejam demitidas e responsabilizadas legalmente.
“Elas expressam uma intenção criminosa contra judeus, e isso precisa ser interrompido imediatamente”, afirmou Haskel em sua conta no X (antigo Twitter). “Esse tipo de comportamento deve ser tratado com as mais severas consequências legais. Elas violaram o Juramento de Hipócrates e expuseram o verdadeiro racismo e ódio que a comunidade judaica australiana enfrenta hoje.”
Desde a repercussão do caso, autoridades australianas confirmaram a abertura de uma investigação, e a associação de enfermagem do país anunciou o afastamento das profissionais envolvidas. Haskel agora pressiona para que o hospital onde elas trabalhavam também tome medidas disciplinares.
A parlamentar também destacou o crescimento do antissemitismo na Austrália nos últimos meses. “A comunidade judaica está vivendo um medo sem precedentes. O país, que já foi um dos mais seguros e tolerantes para os judeus, tornou-se um foco de ódio antissemita. A descoberta recente de um artefato explosivo planejado para um ataque contra judeus prova que esse ódio está ultrapassando todos os limites.”
O deputado Gilad Kariv alertou que o aumento do antissemitismo na Austrália reflete um problema global.
“O Estado de Israel tem uma obrigação moral e histórica de garantir a segurança dos judeus na diáspora”, afirmou Kariv, prometendo tornar o combate ao antissemitismo uma prioridade caso assuma a liderança do Comitê de Imigração e Diáspora.
O embaixador de Israel na Austrália, Amir Maimon, também se manifestou, classificando o vídeo como “perturbador e revoltante”. Ele afirmou que conversou com o primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, que garantiu que todas as medidas necessárias estavam sendo tomadas.
Já o parlamentar Ohad Tal, do Partido Sionista Religioso, defendeu punições severas às enfermeiras envolvidas.
“Profissionais de saúde que juraram salvar vidas, mas defendem a morte de judeus, traíram sua profissão e devem ser imediatamente demitidos e levados à justiça”, declarou Tal.
Ele reforçou que qualquer profissional que promova discursos de ódio não pode permanecer na área da saúde. “Como presidente da Associação de Amizade Israel-Austrália, entrarei em contato com meu homólogo na Austrália para exigir medidas rápidas contra as envolvidas.”
O deputado Dan Illouz, do partido Likud, destacou que as declarações das enfermeiras não são apenas discurso de ódio, mas incitação direta ao assassinato.
“Isso não é apenas antissemitismo – é incitação ao assassinato. Enfermeiras que prometem matar pacientes judeus não são apenas fanáticas; são criminosas em potencial. Se a Austrália não processá-las, estará enviando a mensagem de que vidas judaicas não têm valor”, afirmou Illouz.
Ele também alertou que o antissemitismo não é um problema exclusivo dos judeus, mas uma ameaça global. “A mesma ideologia radical que motiva essas ameaças é a que impulsiona o Hamas, o Hezbollah e o regime iraniano contra Israel. Se a Austrália não agir agora, esse ódio crescerá e colocará em risco toda a sociedade.”
O caso segue sob investigação.