O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta segunda-feira, 12, que nem o Hamas nem a Autoridade Palestina (AP) terão controle sobre a Faixa de Gaza após o fim da guerra. A declaração veio em resposta a um relatório divulgado pela Sky News Arabia, que afirmava que o Hamas estaria disposto a entregar o controle do território à AP.

Netanyahu reforçou seu compromisso com o plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a região. "Estou comprometido com o plano de Trump para criar uma nova Gaza, diferente da que existe hoje", afirmou. O porta-voz do primeiro-ministro reiterou a posição, descartando qualquer possibilidade de que o território fique sob a administração da AP ou do Hamas.

No domingo, fontes citadas pela Sky News Arabia indicaram que o Hamas teria aceitado a possibilidade de transferir o controle de Gaza para a Autoridade Palestina. Segundo o relatório, os funcionários da administração do Hamas seriam incorporados ao novo governo ou aposentados, com garantia de que seus salários seriam mantidos.

Ainda de acordo com a publicação, a decisão do grupo terrorista teria sido tomada após forte pressão do Egito sobre os líderes do Hamas que participaram de reuniões

Israel enviará uma delegação oficial ao Cairo nesta segunda-feira para discutir os termos do acordo de cessar-fogo e a libertação de reféns. O grupo de trabalho será liderado pelo coordenador para Reféns e Desaparecidos de Israel, o general de brigada (res.) Gal Hirsch, e por um alto oficial da Shin Bet (Agência de Segurança de Israel), identificado apenas como “M.”.

A principal pauta das negociações será a implementação da primeira fase do acordo, que prevê a libertação dos seis reféns israelenses ainda vivos que permanecem sob o controle do Hamas.

Reportado por The Jerusalem Post.