Israel estaria planejando ataques significativos contra instalações nucleares iranianas ainda em 2025, segundo uma análise conduzida por agências de inteligência dos Estados Unidos.
De acordo com o The Wall Street Journal, o relatório foi produzido nos últimos dias da administração Biden e aponta que Israel pretende aproveitar ao máximo o enfraquecimento da posição iraniana para atingir seus objetivos estratégicos.
Um segundo relatório, elaborado após a posse de Donald Trump, reafirmou as mesmas conclusões, indicando que o governo israelense vê no atual presidente americano um aliado mais confiável para uma operação militar desse porte, em contraste com a postura de Biden.
Fontes ligadas ao relatório afirmam que o Pentágono considera essencial fornecer munições especializadas para um possível ataque israelense, uma vez que algumas instalações nucleares iranianas estão localizadas sob montanhas. Atualmente, os Estados Unidos são o único país que possui bombas bunker buster poderosas o suficiente para penetrar essas estruturas subterrâneas.
O documento alerta que, em dezembro, a comunidade de inteligência americana emitiu o alerta mais grave até agora sobre o risco de o Irã desenvolver armas nucleares. O país acumulou um grande estoque de urânio altamente enriquecido e já estaria trabalhando nos aspectos técnicos para finalizar uma bomba, caso haja uma decisão política para avançar nesse sentido.
Oficialmente, o Irã nega qualquer intenção de fabricar armas nucleares, mas o relatório destaca que o debate interno sobre a possibilidade de obter um arsenal nuclear aumentou nos últimos meses, especialmente diante das sanções e pressões externas.
Israel, por sua vez, tem desmantelado sistematicamente a liderança do Hezbollah e destruído grande parte do arsenal da milícia libanesa, que é aliada do Irã e uma das maiores barreiras contra um ataque israelense. Além disso, a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria retirou um dos principais aliados regionais de Teerã, limitando ainda mais sua influência geopolítica.
O relatório também menciona que os recentes ataques com mísseis iranianos contra Israel não causaram danos significativos, evidenciando as falhas da estratégia militar de Teerã. Paralelamente, a economia iraniana enfrenta um colapso, e a nova política de pressão máxima imposta pelo governo Trump deve deteriorar ainda mais o cenário interno do país.
Embora Donald Trump tenha manifestado, em algumas ocasiões, disposição para negociações diplomáticas com o Irã, suas ações indicam que não hesitaria em recorrer à força militar, caso necessário.
A crescente tensão também ocorre no contexto de diversas tentativas frustradas de assassinato contra Trump ao longo do último ano, atribuídas a agentes iranianos. Esse fator, somado à política agressiva dos EUA contra Teerã, aumenta a probabilidade de uma escalada militar iminente.
Israel ainda não confirmou oficialmente os planos, mas especialistas afirmam que o governo de Benjamin Netanyahu pode considerar 2025 o momento ideal para enfraquecer de vez o programa nuclear iraniano, contando com o suporte logístico e diplomático da administração Trump.
Reportado por Ryan Saavedra no Daily Wire.