POLÍTICA

Trump Declara Que Palestinos Não Terão Direito De Retorno A Gaza

10/2/2025
thefarol.com
Fox News/Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os palestinos da Faixa de Gaza não terão direito de retorno ao território após a implementação de seu plano para a região. A declaração foi feita durante uma entrevista à Fox News neste domingo (9).

"Não, eles não terão [o direito de retornar], porque terão moradias muito melhores. Estou falando de construir um local permanente para eles. Se tivessem que voltar agora, levaria anos para que isso acontecesse. Acho que posso fechar um acordo com a Jordânia, acho que posso fazer um acordo com o Egito. Damos a eles bilhões e bilhões de dólares todos os anos", afirmou Trump.

O presidente americano reforçou que pretende desenvolver uma estrutura habitacional definitiva para os palestinos deslocados, argumentando que a Faixa de Gaza está atualmente inabitável.

"Em outras palavras, estou falando de construir um lugar permanente para eles, porque, se tivessem que voltar agora, levaria anos até que pudessem... simplesmente não é habitável", acrescentou.

Durante a entrevista, Trump detalhou sua visão para os mais de dois milhões de habitantes de Gaza, sugerindo que os refugiados poderiam ser realocados "um pouco afastados da área atual, onde está todo o perigo". Segundo ele, esses deslocados seriam reassentados em "comunidades bonitas e seguras".

Além disso, Trump indicou que assumiria pessoalmente o controle da Faixa de Gaza como um empreendimento imobiliário com potencial para o futuro.

A proposta do líder americano, apresentada na última terça-feira (4), prevê que os Estados Unidos assumam o controle da Faixa de Gaza e promovam um grande desenvolvimento econômico na região, gerando "um número ilimitado de empregos e moradias" para a população.

Segundo Trump, a ideia já teria sido bem recebida por diversas lideranças internacionais, que, de acordo com ele, "adoram a ideia de os Estados Unidos assumirem Gaza, desenvolverem a terra e criarem milhares de empregos".

Ele também classificou a Faixa de Gaza como "um símbolo de morte e destruição", argumentando que a atual situação "é ruim para todos que estão por perto e, especialmente, para aqueles que vivem lá".

As declarações de Trump sobre a tomada de Gaza pelos EUA provocaram reações divergentes entre os 34 membros judeus do Congresso e do Senado dos Estados Unidos. Alguns parlamentares expressaram apoio à proposta, enquanto outros criticaram duramente a ideia de uma intervenção americana na região.

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