A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que tem sido alvo de críticas do presidente Donald Trump e do bilionário Elon Musk, teria financiado integralmente os estudos universitários de Anwar al-Awlaki, um jihadista nascido nos Estados Unidos e considerado pelas autoridades americanas como “um dos principais líderes da Al-Qaeda”.
Segundo uma investigação da Fox News, Al-Awlaki recebeu financiamento integral da USAID para cursar a Colorado State University, em 1990. Nascido no estado do Novo México, ele estabeleceu conexões diretas com os terroristas responsáveis pelos ataques de 11 de setembro de 2001 e teve um papel central na radicalização de jihadistas ao redor do mundo. Em 2011, foi eliminado por um ataque de drones ordenado pelo governo Obama.
Antes disso, ele manteve contato com Nidal Hasan, psiquiatra do Exército dos EUA responsável pelo ataque que matou 13 pessoas na base militar de Fort Hood, no Texas, em 2009. Além disso, sua influência foi associada à tentativa de atentado a um voo com destino a Detroit no dia 25 de dezembro de 2009.
Documentos que revelam o financiamento da USAID foram compartilhados nas redes sociais no último fim de semana por jornalistas investigativos. Os registros indicam que Al-Awlaki falsificou sua nacionalidade, alegando ser cidadão do Iêmen para obter um visto de intercâmbio e se qualificar para o programa de bolsas da USAID.
As repórteres Pamela Browne e Catherine Herridge publicaram os documentos no X (antigo Twitter), destacando que Al-Awlaki afirmou falsamente ser residente permanente da República do Iêmen para obter financiamento para seus estudos.
“Aulaqi mais tarde desenvolveu laços estreitos com vários sequestradores do 11 de Setembro e alcançou um cargo de liderança na filial da Al-Qaeda no Iêmen”, escreveu Herridge. “Ele foi o ‘padrinho’ do jihadismo digital, usando seus textos e a internet para radicalizar americanos e alistar novos membros para a Al-Qaeda. Aulaqi foi o primeiro cidadão dos EUA a ser marcado para eliminação pela CIA e acabou sendo morto por um ataque de drone em 2011.”
O Arquivo de Segurança Nacional da Universidade George Washington revelou, em 2015, um documento que detalha a concessão da bolsa de estudos ao terrorista. O registro oficial afirma que Al-Awlaki alterou deliberadamente seu local de nascimento para Sanaá, capital do Iêmen, a fim de se qualificar para o programa de intercâmbio reservado a estrangeiros.
A revelação fortalece os argumentos de Trump e Musk, que acusam a USAID de desperdiçar bilhões de dólares e financiar projetos alinhados a interesses progressistas. O presidente suspendeu as atividades da agência e avalia seu fechamento definitivo.
A descoberta também levanta sérias questões sobre a segurança nacional dos Estados Unidos e o uso de fundos públicos para beneficiar indivíduos ligados ao terrorismo. Parlamentares republicanos já pressionam para uma investigação completa sobre o financiamento da agência e sua possível conexão com outros casos suspeitos.
Reportado por Ashe Schow no Daily Wire.