Três ônibus estacionados explodiram quase simultaneamente na noite desta quinta-feira (20) nas cidades de Bat Yam e Holon, na região metropolitana de Tel Aviv. A polícia israelense investiga o caso como um possível ataque terrorista estrategicamente planejado.
Segundo as autoridades, cada um dos ônibus atingidos continha dispositivos explosivos improvisados de aproximadamente 5 kg de material explosivo. Além das explosões, outros dois artefatos não detonados foram localizados e desativados pela equipe de segurança em Holon.
As primeiras análises indicam que os dispositivos estavam programados para explodir durante o horário de pico desta sexta-feira (21), quando os ônibus estariam em circulação. No entanto, uma possível falha na configuração dos temporizadores pode ter causado as detonações prematuras enquanto os veículos ainda estavam estacionados, evitando um número elevado de vítimas.
Não houve feridos nos incidentes, mas as forças de segurança israelenses, incluindo a polícia, o Shin Bet (agência de segurança interna) e especialistas em explosivos, iniciaram uma investigação para identificar os responsáveis pelo ataque.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi informado imediatamente sobre os acontecimentos e realizou uma reunião de emergência com as autoridades de defesa. Como resposta, o gabinete do premiê ordenou uma operação militar ampliada na Cisjordânia, com foco na cidade de Tulkarem, onde há suspeitas de que o ataque tenha sido planejado.
Além disso, o governo determinou medidas emergenciais de segurança, incluindo:
- Revista de todos os ônibus, trens e metrôs do país antes do início das operações;
- Reforço na segurança do Aeroporto Ben Gurion, com inspeção rigorosa de veículos;
- Aumento da vigilância em Jerusalém, especialmente no metrô leve;
- Bloqueios em estradas e postos de controle na Cisjordânia para impedir a movimentação de suspeitos.
Motoristas de ônibus em todo o país foram instruídos a revistar seus veículos antes de iniciar qualquer trajeto.
O chefe da polícia do distrito de Tel Aviv, Haim Sargarof, afirmou que os explosivos eram rudimentares, mas sofisticados, sugerindo que o ataque pode ter sido planejado por uma célula terrorista da Cisjordânia.
As investigações iniciais indicam que foram encontrados escritos em árabe nos dispositivos explosivos, incluindo uma possível mensagem de vingança. Relatos da imprensa local afirmam que um grupo ligado ao Hamas publicou um comunicado afirmando que "a resistência não será interrompida enquanto a ocupação continuar em nossa terra".
Embora o ataque ainda não tenha sido oficialmente reivindicado, fontes da inteligência israelense suspeitam do envolvimento de grupos extremistas baseados na Cisjordânia.
Antes mesmo da declaração oficial de Netanyahu, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, já havia determinado o aumento das operações militares em Tulkarem e outras áreas da Cisjordânia.
"Ordenei às Forças de Defesa de Israel (IDF) que intensifiquem suas operações nos campos de refugiados de Tulkarem e em outras áreas de Judeia e Samaria. Não haverá refúgio seguro para terroristas", declarou Katz.
A IDF (Forças de Defesa de Israel) anunciou o envio de três novos batalhões para reforçar a segurança na região e bloqueou checkpoints estratégicos para impedir fugas.
As explosões coordenadas em Bat Yam e Holon aumentaram o nível de alerta em Israel e reforçaram preocupações com possíveis novos atentados terroristas.
A resposta rápida das forças de segurança evitou um ataque de grande escala, mas o uso de explosivos sofisticados e a possível ligação com células extremistas palestinas reforçam a necessidade de ações preventivas e ofensivas.
O governo israelense garantiu que todos os responsáveis serão identificados e neutralizados, assegurando que novas ameaças terroristas não serão toleradas.
Reportado por ToI Staff e Emanuel Fabian no The Times of Israel.