O presidente Donald Trump revelou nesta terça-feira (4) que já deixou instruções claras sobre como os Estados Unidos devem reagir caso o Irã tente assassiná-lo.
A declaração ocorreu pouco antes de seu aguardado encontro com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, enquanto assinava uma ordem executiva para aumentar a pressão sobre Teerã e impedir que o regime iraniano desenvolva armas nucleares.
"Essa ordem é muito rígida com o Irã. Espero que não precisemos usá-la com frequência", afirmou Trump ao assinar o documento.
O novo decreto visa restabelecer as sanções contra o Irã, revertendo as flexibilizações feitas durante o governo de Joe Biden. O objetivo é reduzir as exportações de petróleo iraniano a quase zero, atingindo diretamente a economia do país.
Durante a coletiva, Peter Doocy, correspondente da Fox News na Casa Branca, questionou Trump sobre possíveis represálias iranianas:
"O Irã e seus aliados já ameaçaram retaliar contra o senhor por ordenar o ataque contra [Qasem] Soleimani", afirmou Doocy.
Trump respondeu de forma enfática:
"Bem, eles ainda não fizeram isso. E seria um erro terrível para eles. Não por mim, mas porque, se fizerem, serão obliterados. Será o fim. Já deixei instruções: se o fizerem, serão aniquilados. Não restará nada", declarou.
As preocupações sobre um possível ataque contra Trump não são infundadas. Autoridades dos EUA já frustraram ao menos um complô iraniano para assassiná-lo, confirmando que o regime dos aiatolás continua buscando vingança pela morte do general Qasem Soleimani, abatido em 2020 por um ataque de drones americanos no Iraque.