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Benny Gantz: 'Sem Libertação De Reféns, Não Há Motivo Para O Cessar-Fogo'

12/2/2025
thefarol.com
The Jerusalem Post/ Reprodução

O líder do partido Unidade Nacional, Benny Gantz, declarou nesta terça-feira, durante uma conferência do Instituto de Estratégia e Política Haredi, que o cessar-fogo em Gaza não faz sentido se os reféns não forem libertados.

“Ou os reféns voltam, ou retomamos os combates”, afirmou Gantz.

Segundo ele, o objetivo central do cessar-fogo é garantir a libertação dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas. Caso isso não ocorra, Gantz considera injustificável a manutenção da trégua.

“A situação, para mim, é clara. Ou os reféns são devolvidos, ou reiniciamos os combates. É simples assim”, enfatizou.

O ex-ministro da Defesa destacou ainda a urgência na libertação de todos os sequestrados, pois não há garantias de que aqueles que ainda estão vivos permanecerão assim por muito tempo.

No mesmo evento, pouco antes da reunião do gabinete político e de segurança, o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, propôs uma retaliação severa caso algum refém seja morto pelo Hamas:

“Se um dos nossos reféns for morto, impondremos soberania sobre 5% do território da Faixa de Gaza. Temos total respaldo do presidente Donald Trump para essa medida”, declarou.

Smotrich defendeu ainda que o governo israelense deixe claro ao Hamas que qualquer tentativa de chantagem não será aceita.

“Devemos dar um ultimato: cortar eletricidade e água, interromper a ajuda humanitária e abrir os portões do inferno”, afirmou o ministro.

Já o ministro da Energia e Infraestrutura, Eli Cohen (Likud), reforçou a necessidade de cumprir a determinação de Trump de garantir a libertação de todos os reféns.

“Quem pensa que pode chantagear Israel dessa forma está enganado. Seguimos a diretriz de Trump sobre a libertação dos reféns e não vamos recuar”, declarou Cohen à rádio Galei Yisrael.

Outro tema abordado durante o evento foi a proposta de realocação dos habitantes da Faixa de Gaza. O presidente do Partido Trabalhista, Yair Golan, condenou a ideia, classificando-a como antijudaica e antissionista.

“A transferência dos palestinos para fora da Faixa de Gaza é uma ideia contrária ao judaísmo e ao sionismo. Devemos nos opor firmemente a isso e garantir que essa proposta não seja normalizada”, disse Golan.

Em resposta, Benny Gantz minimizou as críticas e argumentou que a decisão de deixar Gaza deve ser voluntária.

“Se alguém deseja emigrar voluntariamente, não vejo nada desumano nisso”, disse Gantz.

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