O grupo terrorista Hamas coagiu a Cruz Vermelha a participar de sua encenação pública durante a devolução dos corpos de quatro reféns israelenses assassinados. O Canal 12 de Israel informou, nesta quinta-feira (20), que a organização humanitária se recusou inicialmente a fazer parte do evento, mas foi ameaçada pelo Hamas, que declarou que não entregaria os corpos caso a Cruz Vermelha não colaborasse.
Os corpos de Shiri Bibas, seus filhos Ariel e Kfir, e do ativista Oded Lifshitz foram entregues em uma cerimônia orquestrada pelo Hamas em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.
Diante da ameaça de bloqueio da entrega, um representante da Cruz Vermelha foi obrigado a assinar documentos do Hamas no palco do evento. Somente após essa formalidade imposta pelos terroristas, os caixões foram repassados aos veículos da organização humanitária.
Em seguida, os corpos foram transferidos à custódia das Forças de Defesa de Israel (IDF) e da Agência de Segurança de Israel (Shin Bet) dentro da Faixa de Gaza.
Na véspera da devolução dos corpos, a Cruz Vermelha divulgou um comunicado exigindo respeito e dignidade no procedimento:
"Devemos ser claros: qualquer tratamento degradante durante operações de liberação é inaceitável."
Apesar do pedido, o Hamas ignorou o apelo e utilizou o evento para fins de propaganda, expondo os caixões sobre um palco decorado com faixas provocativas e permitindo a presença de terroristas armados.
Os caixões foram levados ao Instituto L. Greenberg de Medicina Forense, em Abu Kabir, para identificação formal.
Ao entrarem em território israelense, os corpos foram cobertos com bandeiras de Israel e receberam uma homenagem militar. O rabino-chefe das Forças de Defesa de Israel, Brigadeiro-General Eyal Krim, recitou o Salmo 83, enquanto oficiais transportavam os caixões.
As forças israelenses registraram todo o processo em fotos e vídeos, mas informaram que nenhum material será divulgado sem a autorização das famílias dos reféns.
Reportado pelo The Jerusalem Post.