A família dos irmãos gêmeos Gali e Ziv Berman, sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, anunciou nesta terça-feira (11) que recebeu sinais de vida dos dois após 494 dias de cativeiro. A informação trouxe um misto de alívio e preocupação para os parentes, que destacaram o perigo contínuo a que os irmãos estão expostos.

"Estamos respirando um pouco aliviados, mas sabemos em que mãos eles estão e o quanto suas vidas estão em risco", afirmou a família em um comunicado oficial.

A tia dos gêmeos, Maccabit Meyer, falou sobre a notícia em uma entrevista à emissora KAN. “É um alívio, mas também causa medo”, disse. “Recebemos sinais de vida daqueles que retornaram na última fase do acordo. Sabemos que os dois não estão sendo mantidos juntos, mas estão vivos e sob grave ameaça.”

Meyer descreveu as condições dos irmãos após o sequestro como "razoáveis", mas enfatizou a gravidade da situação. “Não preciso de vídeos ou depoimentos para entender o perigo que correm. Eu estive nos quartos deles depois do ataque, no que se tornou um campo de extermínio no bairro de Dor Tza'ir. Sei exatamente o risco a que estão submetidos.”

O irmão mais velho dos gêmeos, Liran Berman, também expressou sentimentos conflitantes ao saber que Gali e Ziv não estão incluídos na primeira fase do atual acordo de reféns.

"É compreensível, mas muito doloroso", afirmou ele em entrevista à KAN. "Não os imagino nos túneis; imagino-me correndo pelos corredores do hospital, abraçando-os, protegendo-os. Quando voltarem, farei o que não pude fazer no dia 7 de outubro, como irmão mais velho."

Gali e Ziv Berman, de 27 anos, moravam no Kibutz Kfar Aza quando foram sequestrados durante os ataques do Hamas. Desde então, suas famílias e grupos de defesa dos reféns têm feito apelos constantes para que o governo israelense priorize sua libertação.

A nova informação sobre os gêmeos reacende a esperança de que possam ser incluídos em futuras negociações para a libertação dos reféns que ainda permanecem em cativeiro.