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Comando Vermelho E PCC Expandem Domínio E Transformam Amazônia Em Rota Do Crime Organizado

4/2/2025
thefarol.com
Alexey Yakovlev/ Wikimedia Commons

A Floresta Amazônica tornou-se um dos principais territórios de disputa entre facções criminosas. Organizações como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) ampliaram sua atuação na região, explorando atividades ilícitas como garimpo ilegal, tráfico de drogas e desmatamento, segundo informações do portal Metrópoles.

O impacto dessa presença criminosa reflete diretamente nos índices de violência. Em 2023, a Amazônia Legal registrou mais de 8 mil mortes violentas, representando um aumento de 41,5% em relação à média nacional. Diante desse cenário, a Polícia Federal (PF) intensificou suas operações para conter o avanço dessas facções e impedir que a região se consolide como um dos principais corredores do crime organizado na América Latina.

Entre os 772 municípios que integram a Amazônia Legal, ao menos 260 já possuem presença confirmada de facções criminosas. O Comando Vermelho, originário do Rio de Janeiro, mantém o controle de 130 municípios, com maior concentração em áreas de fronteira com Bolívia, Peru e Colômbia – locais estratégicos para o tráfico internacional de drogas. O PCC, por sua vez, domina pelo menos 28 cidades consideradas estratégicas para a rota do narcotráfico.

O coordenador-geral de Proteção da Amazônia, Meio Ambiente e do Patrimônio Histórico e Cultural da PF, Renato Madsen, destacou o desafio de impedir que o crime ambiental se torne mais uma frente consolidada dessas organizações.

"Já se veem várias organizações criminosas atuando no crime ambiental. Nosso trabalho é garantir que essas facções não ampliem ainda mais suas atividades nessa área", afirmou Madsen ao Metrópoles.

O fortalecimento das facções não apenas impulsiona crimes ambientais, mas também intensifica outras redes ilegais na região, como o tráfico de cocaína, armas, maconha e até o tráfico humano.

Desde o início de 2024, as operações da Polícia Federal já causaram um prejuízo estimado em R$ 5,6 bilhões às facções criminosas na Amazônia – quase o dobro do registrado no ano anterior.

Uma das principais ações foi a Operação Pronta Resposta, deflagrada em dezembro de 2023. Durante a abordagem de uma aeronave suspeita no Aeroclube do Amazonas, agentes da PF apreenderam 47 kg de ouro em barras, avaliados em aproximadamente R$ 14 milhões. As investigações indicam que a carga tinha ligação direta com membros do Comando Vermelho, demonstrando o nível de influência da facção no tráfico de metais preciosos.

Reportado pela Redação Oeste na Revista Oeste.

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