Na segunda-feira, um ataque com faca em um importante terminal de transporte em Haifa deixou um homem na casa dos 60 anos morto e pelo menos quatro pessoas feridas, conforme informaram as autoridades. O atentado no terminal de ônibus Lev Hamifratz, na cidade ao norte de Israel, é o mais recente de uma série de ataques terroristas contra o transporte público, seguindo um atropelamento em um ponto de ônibus na quinta-feira e tentativas frustradas de explosões em ônibus perto de Tel Aviv na semana anterior.

O agressor, identificado pela polícia como um cidadão israelense da comunidade druze, foi neutralizado e morto por um segurança do terminal e um civil armado. Segundo a polícia, ele esfaqueou repetidamente nas costas um homem de aproximadamente 60 anos, que não resistiu aos ferimentos. Entre os feridos estão um adolescente de 15 anos, levado em estado crítico ao Centro Médico Rambam, em Haifa, com lesões graves, mas estabilizado após cirurgia de emergência. Outras três vítimas — uma mulher de 70 anos e um homem e uma mulher na faixa dos 30 — foram internados com ferimentos moderados, informou o hospital.

A polícia revelou que o suspeito era de Shfar’am, retornando a Israel uma semana antes após meses no exterior. Meios de comunicação hebraicos o identificaram como Yitro Shahin, na casa dos 20 anos, com relatos não confirmados sugerindo cidadania alemã. Um testemunha relatou ao Walla que ele desceu de um ônibus vindo de Shfar’am, gritou "Allahu Akbar" e começou a atacar as pessoas ao redor. O chefe da Polícia de Israel, Daniel Levy, afirmou que as forças estão investigando se ele agiu sozinho, enquanto uma operação policial revistou sua casa e interrogou familiares, sem clareza ainda sobre antecedentes criminais.

O prefeito de Shfar’am, Nahad Hazem, condenou o "crime hediondo" ao Kan, informando que dois dos feridos são da cidade, incluindo um parente de seu diretor de gabinete. O parlamentar druze Hamed Amar, do partido Yisrael Beytenu, destacou que o ataque não reflete a comunidade druze, amplamente integrada em Israel. Ele descreveu o suspeito como um "terrorista com cidadania alemã, nascido e criado na Alemanha", afirmando que o ato contraria os valores humanos e a lealdade da comunidade ao estado.

O ministro interino da Segurança Nacional, Haim Katz, conduziu uma avaliação da situação após o ataque, que atingiu um ponto central de conexão de ônibus e trens entre o norte de Israel e Tel Aviv. "Os próximos dias serão desafiadores", declarou Katz, colocando polícia e serviços de emergência em "prontidão máxima" e pedindo vigilância pública. O incidente segue um ataque com carro na quinta-feira na junção Karkur, que feriu 13 pessoas, e explosões de três ônibus vazios na semana anterior em subúrbios de Tel Aviv, com duas bombas adicionais desarmadas, em tentativas terroristas frustradas.