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Oficiais Israelenses Informaram Ao ' Jerusalem Post' Que Israel Começará Operações Militares Em Gaza Em questão De Dias Se A Libertação De Mais Reféns Não Ocorrer.

2/3/2025
thefarol.com
The Economist/ Reprodução

Autoridades israelenses informaram ao The Jerusalem Post no domingo que deram ao Hamas um prazo de poucos dias para chegar a um acordo sobre a libertação de mais reféns. "Estamos dispostos a oferecer uma janela de alguns dias, mas não permitiremos que isso se arraste indefinidamente", afirmaram. "Se percebermos que as negociações não estão sendo conduzidas de boa-fé, voltaremos a lutar em Gaza."

No mesmo dia, Mahmoud Mardawi, alto oficial do Hamas, declarou à Al Jazeera que o grupo não aceitará estender a primeira fase do acordo de cessar-fogo em Gaza conforme solicitado por Israel. Ele enfatizou que a libertação dos reféns israelenses restantes só ocorrerá sob os termos do plano escalonado já estabelecido.

Na sábado, uma reunião de quatro horas liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu contou com a presença de altos oficiais de segurança, a equipe de negociação chefiada por Gal Hirsch, representantes do Shin Bet e ministros como Israel Katz (Defesa), Ron Dermer (Assuntos Estratégicos), Gideon Sa’ar (Relações Exteriores) e Bezalel Smotrich (Finanças). Ao final, foi adotado o plano do enviado americano Steve Witkoff, que prevê: um cessar-fogo de 42 dias, com metade dos reféns vivos libertados e metade dos corpos devolvidos no primeiro dia, e o restante dos reféns vivos e mortos entregues no último dia.

Netanyahu deixou claro que as negociações têm limite. "Se o Hamas acha que pode prolongar o cessar-fogo ou explorar os termos da primeira fase sem libertar reféns, está profundamente enganado", declarou ele no início da reunião do gabinete no domingo. Para aumentar a pressão, Israel anunciou que bloqueará toda ajuda humanitária a Gaza e fechará os cruzamentos. "O Hamas controla todos os suprimentos enviados à Faixa de Gaza, abusa da população que busca ajuda, atira contra ela e transforma assistência humanitária em orçamento terrorista contra nós. Não aceitaremos isso de forma alguma", disse o premiê a ministros.

A Casa Branca respaldou a decisão de Israel, coordenada com a administração Trump. "Israel tem negociado de boa-fé desde o início desta administração para assegurar a libertação dos reféns. Apoiaremos suas próximas medidas, já que o Hamas declarou que não quer mais um cessar-fogo", afirmou Brian Hughes, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, ao Post. Autoridades israelenses estimam que o Hamas tenha reservas de ajuda para 5 a 6 meses.

Israel e os mediadores aguardam a visita de Steve Witkoff à região, prevista para o fim da semana. "As coisas estão paradas por agora. Não esperamos avanços antes dessa visita", disseram duas fontes próximas às negociações. Um oficial israelense concluiu: "Não há certeza absoluta de que o Hamas aceitará libertar mais reféns. Sem acordo, estamos nos preparando para voltar à guerra em poucos dias."

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