A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, declarou na noite de quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025, que parte dos arquivos federais sobre Jeffrey Epstein, milionário condenado por crimes sexuais, poderá ser tornada pública na quinta-feira, 27. A afirmação foi feita durante entrevista à Fox News, onde Bondi expressou otimismo: "Espero que amanhã o público veja algumas informações sobre Epstein."

Questionada pelo apresentador Jesse Watters sobre o atraso na liberação dos documentos, Bondi explicou que foi necessário redigir os nomes e dados pessoais de mais de 250 vítimas antes da publicação. Quando Watters perguntou que tipo de informação seria revelada, incluindo se haveria detalhes sobre "quem estava nos voos" para a ilha de Epstein — palco de abusos contra menores — e sobre gravações feitas pelo criminoso, Bondi respondeu: "O que você verá, com sorte amanhã, são muitos registros de voos, nomes e informações. É revoltante o que esse homem fez, junto com sua cúmplice."

A "cúmplice" mencionada é Ghislaine Maxwell, condenada a 20 anos de prisão por tráfico de menores para Epstein. Em julho de 2024, documentos de um grande júri de 2006 foram divulgados, mostrando que procuradores da Flórida sabiam que Epstein havia estuprado duas adolescentes dois anos antes de oferecerem a ele um acordo lenient, que evitou punições severas. As vítimas relataram ter sido pagas para fazer massagens em Epstein, resultando em atos sexuais enquanto eram menores. Policiais também ouviram outras meninas com denúncias semelhantes.

Em 2008, Epstein fechou um acordo com procuradores federais do sul da Flórida, admitindo culpa apenas por uma acusação estadual de obtenção de menor para prostituição e solicitação de prostituição. Ele cumpriu 13 meses em um programa de trabalho, podendo sair da prisão diariamente para seu escritório, além de um ano de prisão domiciliar e registro como agressor sexual, segundo a Associated Press. Esse acordo levou à renúncia de Alex Acosta, então Secretário do Trabalho, em 2019, por tê-lo aprovado uma década antes.

Epstein se suicidou em 2019 enquanto aguardava julgamento por outro caso de tráfico sexual. Alegações apontam que celebridades e políticos, como o ex-presidente Bill Clinton e o príncipe Andrew, do Reino Unido, frequentaram suas festas. A possível liberação dos arquivos, incluindo registros de voos, pode esclarecer nomes envolvidos, reacendendo o debate sobre a rede de influência do criminoso, segundo o Daily Wire.