O Gabinete do Primeiro-Ministro de Israel anunciou que, na noite de quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025, quatro reféns mortos serão devolvidos pelo Hamas ao país. A decisão foi confirmada após negociações com mediadores, atendendo às exigências israelenses. "Chegamos a um acordo para o retorno dos corpos de quatro reféns falecidos ainda hoje, como parte da primeira fase, em um procedimento consensual e sem cerimônias do Hamas", informou o comunicado oficial.
O Hamas divulgou os nomes dos reféns cujos corpos serão entregues: Ohad Yahalomi, Tsahi Idan, Itzik Elgarat e Shlomo Mantzur. As famílias dos listados foram notificadas diretamente pelas autoridades israelenses.
A família de Tsahi Idan emitiu um comunicado expressando sua dor: "Recebemos com profunda tristeza a notícia do Hamas de que nosso querido Tsahi não está mais vivo e que seu corpo será repatriado esta noite. Aguardamos a confirmação definitiva, que só virá após a chegada em Israel e os exames das autoridades, respeitando a privacidade de Tsahi e de nossa família." Eles lembraram que Tsahi foi sequestrado vivo e que, até novembro do ano passado, havia sinais de vida, com expectativa de libertação em um acordo anterior. "Agradecemos o imenso apoio dos cidadãos de Israel, da mídia e da comunidade de Nahal Oz. Nestes momentos difíceis, pedimos respeito à nossa privacidade e forneceremos atualizações após informações oficiais do Estado."
Os corpos serão transferidos pelo Hamas à Cruz Vermelha, responsáveis por levá-los a Israel. Em contrapartida, Israel iniciará a liberação gradual de prisioneiros terroristas, mas somente após a identificação positiva dos corpos. Autoridades israelenses enfatizaram que o maior grupo de detentos só será solto após a conclusão desse processo.
O Hamas informou que o Hospital Europeu em Khan Yunis, na Faixa de Gaza, está preparado para receber centenas de prisioneiros cuja libertação foi adiada na semana passada. A expectativa é que eles cheguem ao território entre 22h e meia-noite de quarta-feira.
O Arutz Sheva informou que a devolução dos corpos marca um avanço na primeira etapa de um acordo mediado, que busca atender às demandas de Israel sem ceder a encenações do Hamas. A medida reflete a pressão contínua do governo israelense para garantir o retorno de todos os reféns, vivos ou mortos, sequestrados durante o conflito.