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Comentaristas Da GloboNews Reclamam Do ‘Risco’ De Trump Rotular Comando Vermelho Como Terrorista

3/3/2025
thefarol.com
GloboNews/ Reprodução

Na edição de segunda-feira, 24, do programa Estúdio I, da GloboNews, os comentaristas Marcelo Lins e André Trigueiro criticaram a possibilidade de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificar o Comando Vermelho como organização terrorista. O debate surgiu a partir da notícia de que o governo do Rio de Janeiro iniciou negociações com os EUA para combater a facção, levantando preocupações sobre soberania e ingerência externa.

Marcelo Lins destacou o "pano de fundo" da questão, apontando que a decisão de Trump de designar oito quadrilhas de tráfico como grupos terroristas já levou o México a buscar proteção legal contra interferências americanas. "Quando ele [Trump] declara uma organização como terrorista, isso dá uma espécie de carta branca para os EUA agirem, mesmo que isso signifique cruzar fronteiras e violar soberania", afirmou Lins. Ele sugeriu que o Brasil poderia enfrentar um cenário semelhante, inserindo-se nesse "quebra-cabeça" internacional.

André Trigueiro qualificou como "complicado" o pedido de colaboração do governo fluminense aos EUA, argumentando que esse país é a origem do armamento que abastece as facções brasileiras. "Os EUA têm uma política que abre a porteira para tratar narcotraficantes como terroristas, e isso pode ser apropriado — mas é um risco", disse. Ele alertou que, caso o Comando Vermelho seja reconhecido como terrorista, os EUA poderiam justificar "ações unilaterais" contra a vontade do Brasil, sob a alegação de ameaça à segurança americana. Trigueiro também criticou Trump e Elon Musk, conselheiro do Departamento de Eficiência Governamental, acusando-os de interesses que podem "desestabilizar" e criar "tensão internacional".

Lins concordou com o colega, enfatizando a necessidade de uma "costura muito bem feita" para evitar tais riscos. Um trecho das declarações de Trigueiro viralizou nas redes sociais, em postagem da jornalista Kennia Wiswesser no Instagram, alcançando 116 mil visualizações e mais de mil comentários, majoritariamente críticos. Usuários como Lourdes Maria Pesce ("O nível do jornalismo militante"), Keila Solovenco ("É assustador como defendem o crime") e Adriana Arruda ("Risco é ter uma emissora dessas no país") expressaram indignação. Ricardo Meira sugeriu enviar o comentário à equipe jurídica de Trump para análise.

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