Como reportado na Revista Oeste, no sábado, 1º de março de 2025, Elon Musk, empresário e aliado do presidente americano Donald Trump, expressou apoio à retirada dos Estados Unidos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da Organização das Nações Unidas (ONU). Em uma postagem no X, Musk compartilhou a opinião do usuário @GuntherEagleman, que afirmou: "É hora de deixar a Otan e a ONU", e completou: "Eu concordo." A declaração reflete uma visão alinhada às críticas de Trump à Otan, que já questionou sua relevância e pressionou os membros a elevarem os gastos com defesa.
Musk, atual líder do Departamento de Eficiência Governamental nos EUA, tem como meta cortar despesas federais, já tendo eliminado várias agências. Sua posição surge em um momento de tensões na Otan, evidenciadas por recentes desentendimentos. No mesmo dia, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reuniu-se em Londres com líderes de 14 países europeus e do Canadá, todos membros da aliança, para discutir a defesa europeia, um acordo de paz e o suporte à Ucrânia diante do conflito com a Rússia.
A alta representante europeia para diplomacia e segurança, Kaja Kallas, declarou que "o Ocidente precisa de um novo líder", após um encontro conturbado na Casa Branca entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Esse episódio foi classificado como "infeliz" pelo secretário-geral da Otan, Mark Rutter, em entrevista à BBC no mesmo sábado. Rutter revelou ter aconselhado Zelensky, em duas reuniões posteriores, a "dar crédito a Trump" e restaurar o diálogo, destacando que as relações entre Kiev e Washington atingiram seu pior ponto. Ele lembrou que, em 2019, durante o primeiro mandato de Trump, os EUA forneceram mísseis Javelin à Ucrânia, apoio essencial na guerra contra a Rússia em 2022.