O presidente conservador da Argentina, Javier Milei, concordou em abrir arquivos mantidos em segredo por décadas, revelando como o Credit Suisse e seus predecessores financiaram a fuga de nazistas após a Segunda Guerra Mundial, ajudando-os a escapar da justiça. A decisão atende a um pedido feito em meados de fevereiro de 2025 pelo senador republicano Charles Grassley, de Iowa, presidente do Comitê Judiciário do Senado dos EUA, que investiga as conexões históricas do banco suíço com os nazistas.
Em carta enviada a Milei, Grassley escreveu: "Continuo lutando para trazer luz às injustiças desse capítulo sombrio da história, incluindo décadas de esforços para rastrear o confisco de valores e dinheiro judaicos pelos nazistas." Ele destacou o trabalho de Neil Barofsky, ex-inspetor geral dos EUA e ombudsman independente contratado para examinar os arquivos do Credit Suisse. Grassley também enviou uma cópia da carta ao presidente Donald Trump, citando o respeito pelas forças americanas que combateram Hitler e libertaram os judeus, um sentimento que, segundo ele, Trump compartilharia.
Barofsky, inicialmente contratado pelo Credit Suisse em 2021 após novas evidências do Centro Simon Wiesenthal, foi demitido quando o banco considerou sua investigação excessiva. Reintegrado em 2023 após o resgate do Credit Suisse pelo Union Bank of Switzerland (UBS), ele informou ao Comitê Bancário do Senado em 2024 que o UBS abriu completamente seus arquivos. Segundo Barofsky, apesar das tentativas de obstrução do banco, foi descoberta uma "conexão significativa" entre o Credit Suisse e indivíduos que facilitaram a fuga de nazistas por "ratlines" — rotas financeiras e logísticas que levaram os criminosos à Argentina e outros países.
Dois painéis separados confirmaram que banqueiros suíços frequentemente ignoraram o roubo de bens judaicos pelos nazistas e, posteriormente, dificultaram a recuperação desses valores pelas famílias das vítimas. Os registros agora a serem abertos por Milei detalham como essas instituições bancárias ajudaram a financiar a evasão, um segredo guardado por décadas que Grassley busca expor para promover justiça e transparência.
Grassley enfatizou: "O objetivo é alcançar justiça e transparência. Não importa quanto tempo passe, a verdade merece ser buscada, e as histórias desse período sombrio devem ser registradas para as futuras gerações." A liberação dos arquivos por Milei representa um passo significativo nesse esforço, expondo as ligações entre o sistema financeiro suíço e os nazistas em fuga após a guerra, de acordo com o Daily Wire.