As Forças de Defesa de Israel (IDF) estão preparando medidas para limitar o uso de redes sociais por soldados e oficiais, após uma investigação interna, publicada na segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025, revelar que publicações de militares forneceram ao Hamas informações detalhadas sobre a base de Nahal Oz. Esses dados, coletados a partir de marcadores deixados em plataformas online, permitiram ao grupo terrorista mapear unidades, subunidades e prédios da base antes do ataque de 7 de outubro de 2023.
Entre as ações previstas estão a proibição de fotografias dentro de instalações da IDF, campanhas de conscientização sobre os riscos e a aplicação de punições severas para quem descumprir as regras. Além disso, cargos variados, não apenas os de inteligência, receberão classificações de segurança, restringindo ainda mais o acesso a informações sensíveis. Soldados e oficiais em certas funções serão impedidos de criar contas em redes como Facebook, evitando que inimigos construam perfis de inteligência. Cerimônias, festas e eventos com civis também não poderão mais ser registrados ou compartilhados.
O relatório, divulgado na terça-feira, 25 de fevereiro, apontou que fotos tiradas por soldados, especialmente em seus primeiros ou últimos dias de serviço, foram cruciais para o Hamas. As imagens revelaram a localização de geradores, câmeras de vigilância, quartos seguros, a sala de coordenação, os padrões de patrulha e até os dormitórios do comandante da base e dos comandantes de companhia. Com isso, o Hamas conseguiu construir um modelo parcial da base para planejar e treinar sua invasão.
O The Jerusalem Post informou que a investigação destaca como a exposição inadvertida em redes sociais comprometeu a segurança da base de Nahal Oz, facilitando o ataque que marcou o início do conflito atual. As novas restrições buscam proteger informações estratégicas e prevenir que o Hamas ou outros grupos utilizem dados públicos para futuros planos, reforçando a disciplina digital dentro da IDF.