As empresas estatais federais do governo Lula, mesmo após registrarem o maior déficit financeiro da história em 2024, continuam priorizando políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), uma agenda que perdeu força globalmente. Na quinta-feira, 6 de março de 2025, dirigentes de 33 estatais se reuniram para reforçar esse compromisso, firmado em um pacto assinado em novembro de 2024, enquanto o governo de Donald Trump, nos EUA, e grandes multinacionais rejeitam tais iniciativas.
O encontro, o primeiro de trabalho após o pacto, envolveu líderes de empresas como os Correios — que encabeçam o rombo entre as estatais — e a Petrobras, cujo lucro despencou no último ano. Eles elaboraram um "posicionamento público" destacando a diversidade como "essencial para inovação, melhores decisões e desempenho", segundo comunicado do Ministério da Gestão e Inovação. O texto também convida outras organizações a aderirem à causa, enfatizando a necessidade de ações contínuas para promover inclusão e respeito às diferenças.
Enquanto as estatais brasileiras defendem a DEI, grandes empresas americanas como Meta, Amazon, John Deere, McDonald’s, Walmart, Victoria’s Secret, Disney e Google abandonaram essas políticas. Conforme a revista Oeste (Edição 239), a seleção baseada em critérios raciais e de gênero não melhora a produtividade, o que levou investidores e consumidores a pressionarem por mudanças. O governo Trump, desde sua posse, também rechaçou essa agenda, marcando uma divergência com a postura do Brasil.
Além das 33 estatais, o "Pacto pela Diversidade" conta com o apoio do Ministério da Igualdade Racial (MIR), do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e do Ministério das Mulheres. A iniciativa reflete a visão do governo Lula de que a diversidade é uma força estratégica, apesar das críticas ao desempenho financeiro das empresas públicas.
O rombo recorde de 2024, liderado por estatais como os Correios e agravado pela queda nos lucros da Petrobras, contrasta com o foco mantido na DEI. Segundo a Revista Oeste, a reunião e o posicionamento público mostram a determinação do governo em seguir essa agenda, mesmo diante de desafios econômicos e de uma tendência global oposta.