O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou na quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025, a abertura de uma investigação sobre supostas práticas antissemitas na Universidade da Califórnia (UC), com base no Título VII da Lei dos Direitos Civis de 1964. A iniciativa, liderada pela Força-Tarefa Federal de Combate ao Antissemitismo, busca apurar se a instituição mantém um padrão de discriminação no ambiente de trabalho.
A análise examinará possíveis práticas discriminatórias contra funcionários judeus, em meio a um aumento recorde de antissemitismo no país. Leo Terrell, conselheiro sênior do Assistente do Procurador-Geral para Direitos Civis e membro da força-tarefa, declarou: "Após os ataques terroristas do Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023, houve uma explosão de incidentes antissemitas em grandes universidades americanas, incluindo o campus da UCLA, onde estudei. Embora a mídia e várias investigações federais tenham focado no impacto sobre os estudantes, esses campi também são locais de trabalho. Professores e funcionários judeus merecem um ambiente livre de hostilidade e ódio antissemita."
Chad Mizelle, Procurador-Geral Associado Interino e Chefe de Gabinete do Departamento de Justiça, reforçou: "Nosso país testemunhou um aumento alarmante de antissemitismo em instituições educacionais na Califórnia e em todo o território nacional. O Departamento de Justiça está empenhado em fazer cumprir o Título VII e proteger os judeus americanos enquanto investigamos esse possível padrão de discriminação." Terrell acrescentou que o presidente, o procurador-geral e a força-tarefa estão determinados a combater o antissemitismo em prol de todos os judeus nos EUA.
No início da semana, a força-tarefa já havia divulgado a abertura de investigações em outras oito universidades: Columbia, Harvard, George Washington, Nova York, Southern California, Johns Hopkins e Northwestern. Essas ações ampliam o escopo do combate ao antissemitismo no ambiente acadêmico americano, refletindo a gravidade da situação após os eventos de 2023, de acordo com o The Jerusalem Post.