O governo de Luiz Inácio Lula da Silva planeja expandir os investimentos em publicidade para até R$ 3,5 bilhões em 2025, abrangendo ministérios, bancos e estatais, conforme licitações em andamento para agências de propaganda são concluídas. A medida reflete a estratégia do presidente para impulsionar a divulgação de programas sociais e reverter a queda em sua popularidade, após críticas à comunicação da gestão.
Em janeiro de 2025, Lula trocou a liderança da Secretaria de Comunicação Social (Secom) após expressar descontentamento com a pasta. O foco agora é promover iniciativas como o Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, e o Mais Acesso a Especialistas, do Ministério da Saúde. Segundo os órgãos federais, o aumento nos contratos visa garantir transparência e ampliar o acesso da população às informações sobre políticas públicas.
O montante de R$ 3,5 bilhões envolve 21 órgãos federais, com contratos já assinados ou em processo de licitação. Quatro disputas em andamento somam cerca de R$ 700 milhões, destacando-se a conta dos Correios, de R$ 380 milhões — a maior desde 2019, quando a estatal parou de investir em propaganda. Os Correios buscam reposicionar sua marca no mercado de encomendas, competindo com gigantes multinacionais. Outros grandes contratos incluem o Banco do Brasil (R$ 750 milhões), a Secom (R$ 562,5 milhões) e a Caixa (R$ 468,1 milhões), enquanto a Infraero tem a menor previsão, de R$ 7 milhões anuais.
No fim do governo Jair Bolsonaro, os contratos publicitários federais totalizavam cerca de R$ 2,5 bilhões (ajustados pela inflação), incluindo empresas como Eletrobras e Chesf, privatizadas em 2022. Sob Lula, os valores projetados superam essa marca, refletindo uma aposta maior na comunicação institucional.
Os valores anunciados são estimativas máximas, podendo variar conforme os planos de mídia e a demanda. Por exemplo, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social reservou R$ 90,3 milhões para 2024, embora o contrato permita até R$ 120 milhões anuais, indicando que os desembolsos efetivos dependerão das prioridades de cada órgão,segundo a Revista Oeste.