Um estudo recém-publicado contesta as alegações de fome investigadas pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Israel, revelando como o Hamas manipula a distribuição de ajuda humanitária em Gaza. Lançado por especialistas em saúde pública de Israel, o relatório "Food supplied to Gaza during seven months of the Hamas-Israel war" analisou os suprimentos alimentares enviados ao território entre janeiro e julho de 2024, com base em dados do Coordinator of Government Activities in the Territories (COGAT), e concluiu que não há evidências de fome deliberada.

Liderado pelos professores Aron Troen e Ronit Endevelt, com participação de universidades israelenses e do Ministério da Saúde, o estudo avaliou a entrada de alimentos usando padrões humanitários da Sphere e bases de dados internacionais. Foram registrados 25.200 caminhões durante o cessar-fogo, suficiente para quatro meses, segundo o tenente-coronel aposentado Jonathan Conricus, ex-porta-voz da IDF. Ele afirmou ao Fox News Digital: "Se há fome, é por corrupção do Hamas, não por falta de comida."

Entre janeiro e abril de 2024, 14.916 caminhões entregaram 227.854 toneladas de alimentos, média de 124 por dia, fornecendo 3.374 calorias diárias por pessoa, com 101g de proteína e 80,6g de gordura — acima dos padrões humanitários. Troen refutou a narrativa de fome: "Antes da guerra, entravam cerca de 100 caminhões por dia, não 500 como alegado. Nossa análise mostra que o suprimento nunca caiu a níveis de fome." Endevelt acrescentou: "Não negamos a fome pontual, mas confirmamos que comida suficiente entrou. O problema está na distribuição controlada pelo Hamas."

O estudo aponta que o Hamas "arma" a distribuição de alimentos, desviando suprimentos para o mercado negro ou seus combatentes, em vez de atender à população. "Relatos de fome refletem a estratégia do Hamas de restringir acesso para manter poder e lucro", disse Endevelt. Troen criticou relatórios da ONU, como os do IPC, por omitirem esse fator, apesar de serem usados contra Israel no TPI.

Na semana passada, após o Hamas rejeitar a extensão do cessar-fogo e a libertação de 59 reféns, Israel suspendeu a entrada de bens em Gaza, decisão apoiada pelo governo Trump, mas criticada pelo chefe de ajuda da ONU, Tom Fletcher, como "alarmante". O TPI, ao ser questionado pelo Fox News Digital, disse que sua investigação em curso considera diversas fontes, mas não detalhou se o estudo será incluído, citando confidencialidade. A ONU, via IPC, não respondeu mesmo após prazo estendido,de acordo com a Fox News.

Devido ao viés anti-Israel em parte da comunidade científica, os autores optaram pelo Israeli Journal of Health Policy Research, enfrentando um processo de revisão excepcionalmente rigoroso com cinco revisores. "Queríamos dados objetivos disponíveis rapidamente", disse Troen. Endevelt completou: "Foi o estudo mais revisado que já fiz, garantindo precisão absoluta."

Com a guerra em curso, o estudo sugere que a solução para a fome em Gaza depende de melhorar a distribuição, livre da interferência do Hamas. "A cooperação entre ONU, COGAT e a sociedade civil palestina é essencial", concluiu Troen, enquanto Conricus reforça que Israel garante a entrada de ajuda, mas não seu destino final.