No domingo, 23 de fevereiro de 2025, o Ministro das Finanças de Israel, Betzalel Smotrich, revelou planos para criar uma "Administração Especial de Emigração" alinhada à proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, de realocar voluntariamente os moradores de Gaza. A iniciativa, discutida durante uma sessão do Caucus Terra de Israel no Knesset, visa aproveitar o que Smotrich chamou de "oportunidade única" para evitar novos ciclos de conflito na região.
Smotrich declarou: "Estamos criando uma Administração Especial de Emigração para garantir que o sacrifício de nossa nação não seja em vão. Devemos adotar o plano do presidente americano com determinação." Sob a liderança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e do ministro da Defesa, Israel Katz, a nova entidade trabalhará com a administração Trump para identificar países dispostos a receber gazans. Ele reconheceu a complexidade logística: "Mesmo com 5.000 pessoas por dia, levaria um ano. Precisamos saber quem são, para onde vão e quais são suas necessidades."
O evento, intitulado "O Novo Oriente Médio: Plano para a Migração Voluntária de Gaza", reuniu mais de 100 participantes, incluindo o presidente do Knesset, Amir Ohana, e os ministros Orit Strock e Itamar Ben-Gvir. Yuli Edelstein, co-presidente do caucus, destacou: "O que parecia impossível agora é legítimo. Não podemos desperdiçar essa chance." Simcha Rothman, outro co-presidente, chamou o plano de "revolução do senso comum", enquanto Limor Son-Har-Melech defendeu o reassentamento judaico em Gaza, ideia que Trump rejeita até a reconstrução do território.
A proposta surge após Israel cortar a eletricidade de Gaza, anunciado pelo ministro da Energia, Eli Cohen, no mesmo dia, em resposta ao Hamas ignorar o prazo de sábado, 22, para libertar mais dos 59 reféns. Strock enfatizou: "Sem a emigração da maioria da população, a ameaça persiste, mesmo com o Hamas subjugado." Ben-Gvir, que já defendia a ideia antes de Trump, afirmou: "Fui ridicularizado, mas hoje todos veem que essa é a única solução realista."
Israel Ganz, líder do Conselho Regional de Binyamin, elogiou: "Com um presidente americano incentivando soluções inovadoras, é hora de agir." O caucus, o maior do Knesset com 80 membros, busca estabilidade a longo prazo, mas enfrenta críticas por sua abordagem radical. Trump já expressou oposição a novos assentamentos judaicos em Gaza antes da reconstrução, contrastando com demandas internas por retorno às colônias desmanteladas em 2005,segundo o Daily Wire.