O comediante liberal Bill Maher criticou a postura da esquerda política em relação à China comunista durante a transmissão de sexta-feira (1º) de seu programa da HBO, "Real Time".
Durante o debate, Maher abordou uma série de questões que envolvem a China, incluindo ataques cibernéticos, espionagem e o uso de aplicativos considerados perigosos, como TikTok e DeepSeek. Para o apresentador, a proteção que a esquerda confere ao país asiático impede discussões importantes sobre seus impactos globais.
Ao comentar sobre os desafios que o regime chinês representa, Maher apontou que o foco excessivo em questões de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) acaba impedindo debates essenciais.
"Quando tudo é reduzido à questão racial, não é bom! Nós nem podíamos discutir a possibilidade de que a COVID tenha se originado em um laboratório, algo que agora até a CIA reconhece como provável, assim como o FBI e diversas outras instituições."
O comediante relembrou que, desde o início da pandemia, ele já defendia a tese de que o vírus poderia ter vazado do Instituto de Virologia de Wuhan, mas que a imprensa minimizava essa hipótese.
"Eu dizia isso desde o começo. O vírus surgiu justamente no laboratório onde estavam estudando esses patógenos e nós deveríamos ignorar essa coincidência?"
Para Maher, a relutância em questionar a China se deve ao receio de parecer "racista", o que, segundo ele, foi reforçado por veículos como o The New York Times, que sugeriam que investigar a origem do vírus era preconceituoso.
Em um dos momentos mais incisivos do programa, Maher comparou o tratamento dado à China com a censura imposta a críticas ao Islã em anos anteriores.
"A China é como o novo Islã. Não podemos ser honestos sobre eles porque não são brancos. Mas a verdade é que a China faz coisas ruins. Isso precisa ser reconhecido."